Wednesday, June 28, 2006

transição.

há tempos em que me sinto massinha de modelar, fácil de me adaptar a tudo, qualquer situação me parece conveniente. porém há horas que não consigo se quer concordar com a opinião dos outros. tenho passado por momentos de tolerância. e deixo tudo desconecto, sem nenhuma ligação ou explicação, simplesmente falo, faço, copio, tento.

nos últimos meses eu não tenho sido eu mesma, continuo a mesma por fora, mas por dentro eu camuflei, escondi muita coisa. se eu me virasse do avesso algumas pessoas não me reconheceriam. meu corpo não é mais inerente à minh'alma. e por incrível que pareça, os mais próximos não notam a minha artificialidade, só eu.

as mãos suadas, a vergonha, bochechas rosadas. eu cheguei de um jeito, eu me transformei em outra pessoa mas eu ainda não sei como vou me sair. eu tento dar um jeito pra tudo e agradar todos ao redor, mas essa não sou eu. eu era verdade, hoje não sou nada. passei a escrever textos individualistas.

Sunday, June 18, 2006

sua..

eu tenho um pingo de amor translucido nos olhos,
um rio desaguando de amor por entre as palmas das mãos,
e um mar de ondas turbuluentas de amor dentro do coração.

ninguém além de eu mesma posso enchergar o amor como um todo no meu corpo,
na minha mente, na minha alma.
meu amor é amor sem fim, sem esquecimento, sem motivo.
feito de devaneio, de dor, de mentiras e soluços.
eu não tenho desejos carnais, vontades eróticas.
eu sou minha, mas ao mesmo tempo tão tua que me perco em lembrar, em pensar.

ao mesmo tempo que te sinto fria, o sangue corre quente em minhas veias.
ao soar das horas, sem perceber passar os minutos, vejo uma noite sem estrelas em minha frente.
você simplente não me pertence mais.
e ao ouvir o silencio da música que tocava ao andar-mos juntas, sinto uma dor forte que sufoca.

eu nunca deixei de te amar.

Sunday, June 04, 2006

Angel..

Procuro ficar vazia pra encontrar, quem sabe essa noite, a paz que não vejo a tempos. Desde que te provei pela primeira vez, tive sonhos perturbadores. Você por enquanto ocupa totalmente minha memória, meu coração e minhas esperanças. Suas lembranças vazam em meus olhos.

No final de mais um dia, eu procuro uma distração pra não mais pensar, a saudade despejada em minhas veias me corroe por dentro. Perdida em soluços, eu só temo me encontrar novamente em você. Eu te espero sozinha, trancada em um quarto de estrelas. Eu prometo agora te levar das ruinas, para meu silencioso devaneio.

Eu tento te puxar, mas atrás de mim uma chuva não me deixa confortar-te. O peso nas minhas costas tenta impedir-me de te buscar, mas eu luto contra qualquer que seja a dificuldade pra te abraçar em sussurros te dizer devagar as palavras doces, quietas nos beijamos.

Thursday, June 01, 2006

I will remember you..

eu vou lembrar de você, toda vez que o vento soprar e que eu sentir um frio na barriga, especialmente nos dias nublados porém quentes em que se olha pro céu e é tudo azul. lembrarei quando estiver esperando alguém desejado, mas não tão desejada quanto você. quando pegar a mão deste alguém e tremer como tremo agora, mas menos do que quando te senti. quando receber o primeiro abraço, que não vai ser inesquecível como o seu. quando der o primeiro beijo, ansiosamente esperado por dias. quando de mãos dadas andar por ruas, sem se importar com o mundo. mas não vai ser fácil como foi com você, vai ser estranho por não ser minha menina no lugar da outra pessoa. quando eu olhar pros lados procurando qualquer coisa, que te lembre, tão de leve e sútil. quando doer a mágoa de ver alguém partir, mas do que importa se não te tenho mais? a partida de mais uma, vai ser menos duída que a sua partida. quando eu pensar que nunca tive o seu amor, eu vou lembrar de você. quando a chuva cair fina, e eu passear de saia num dia de verão, e parar em banquinhos de frente pro mar, mas dessa vez eu vou estar sozinha, pois você não me acompanha mais. quando eu pensar como teria sido, se eu realmente tivesse te tido. quando eu paro pra pensar em você, eu lembro, eu vou lembrar de você.