Monday, August 07, 2006

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em questão de tempo, de mórbidas palavras soltas e ternos sorrisos. beijos, abraços e laços misturando tudo que era ritmo num só compaço, eu mexia nos meus sentimentos e na minha alma contigo. eu dançava nos mesmos passos, ao mesmo som, em penumbras e totais sombras deixando cada dois-pra-lá mais leve e sem rima. e que importam as rimas? e que importam os suspiros?
meu coração é teu, aderentes. colados com superbonder, aberração pro resto do mundo ver e admirar. meu e teu, nosso, um só. inveja em vermelho pulsante, como as unhas pintadas que arranham e tocam violão numa canção melosa sobre manhãs seguidas a dois.
a cama desarrumada, as roupas espalhadas e a carteira de cigarro, somos únicas, intimidade de casal com direito a apertos demorados e beijos quentes sem perceber se alguém espia pela brecha da fechadura. e se espiassem? a única coisa que teriam a fazer era arder de ódio por não ter uma igual, por ser minha e de mais ninguém, por sermos nossas e não nos dividirmos.


começando a achar um começo.