Friday, October 06, 2006

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Hoje, com a chuva, os vitrais das minhas janelas choram, um choro forçado.
Alguns, com desenhos eternos de sorrisos desenhados, choram de felicidade.
Outros, com amargura e expressão feroz, urram um choro enraivecido.
Eu, diante de tudo, observo tentando entender e adivinhar o choro com sentimento de cada um, querendo transparecer como eles minhas lágrimas, mas com o mesmo mistério de não deixar os outros entender.
Não gosto de deixar que me entendam, não que eu não goste, mas parece que quando me decifram tudo fica mais.. entendido e simples. E me sinto impotente porque, se nem eu não me entendo, como pode alguém de fora, em outro corpo, com outra mente e alma, me entender melhor do que eu?

enfim, no fim tudo se estabelece.

4 comments:

wander said...
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wander said...

Quando se mostramos entregamos algo
de bandeja para outra pessoa.Não deixe que te descubra, não por inteira.Há algo dentro de nós que é só nosso.bjs.

Carol Godoi said...

Adorei ter mais um leitor novo no blog. Volte sempre.
Achei muito bonito e singelo o que vc escreveu.
Abraços! Carol Shake

marcio markendorf said...

como diz sylvia plath,
se eu for fácil demais, cedo demais, não vão nem ter o trabalho de me descobrir.

e o foda é isso: alguém querer te descobrir, decifrar.