Saturday, February 24, 2007

Uma Droga.

Sou "Clarice", talvez seja também a "Celebração do Inútil Desejo". Não é nada que me toque, ou que toque aqui enquanto eu escrevo. Eu não sou do tipo que ouve isso. Mas as leio, identidade de uma pessoa, um espelho em palavras. Talvez seja exagero ser Clarice. Em partes não. Todo mundo inutiliza desejos, Clarice também.
Pode ser uma tempestade em copo d'agua, drama evoluido. Também suponho que reclame demais, que aumente. Mas não sei, não tenho certeza. Tenho também um pouco de medo de ser Clarice e de depender tanto de ti pra deixar de ser. Dependência é coisa de viciado, se ouvesse uma clínica para me tratar, o amor é uma droga.
Sou dado viciado, livro marcado, eu não amo ninguém.
Eu espero tua resposta, teu sorriso sincero, tua mão. Mas a única coisa que me vem é o eco no vazio da sala, saudade. Escondo nas frases verdades camufladas, entende quem sente. Sentir com a alma, te sentir com os dedos, com a boca. A música, a falta de atenção, consideração. Eu gosto de pausas, de vírgulas, do tempo. Eu gosto de ti e eu não sei se amo, mas posso vir a faze-lo, vício.

Da sempre, sempre tua...
Meu amor.

"E era sempre, sempre o mesmo novamente, a mesma traição. Às vezes é difícil esquecer: "Sinto muito, ela não mora mais aqui". Mas então, por que eu finjo que acredito no que invento?"

1 comment:

conversa_a_fiada said...

Nossa, bizarro de bom!